O Sono Do Corpo
São Bernardo do Campo, 01 dez. 2020 às 11hs34. Poema de: Rerismar Lucena Sob os olhos oclusos do tempo e do espaço Além das abstrações e concretudes da vida Sob a vigília da alma em eterno compasso Cerram-se os olhos, à carne adormecida. As diversidades das substâncias que o corpo compõe Nas conjunções provisórias do ser e não vir a ser um ser A potencialidade geradora de vida se impõe Em processos de transformação, regeneração e poder. Nos fluxos incessantes de renascimento e morte, Em séries ininterruptas de mutações submetida O homem perscruta o sentido das coisas e da vida Sob o jugo do ego e da ilusão, onde a realidade é distorcida. Como folhas que caem no outono anunciando o inverno que chega O corpo enfim descansa, sob o prenuncio da colheita do espírito Nos desígnios de seus mistérios em seu eterno devir. ------------------------------------------------------------------------------------ A flor da alma se abre, e a vida, em silencio, renasce com a primavera. (Rerismar Lucena,