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Apenas o fim

  ‘Souza – PB, em 09 de outubro de 1989, Poema de: Rerismar Lucena de Morais’   Apenas o fim! Imemorável, minucioso... Uma minúscula, mísera vida Partícula de um ser colosso.   — E as paixões, os amores? São sonhos, são flores Espinhos, desamores... Ofegante torpor.   — A vida? São blocos prostrados no deserto Cravados, sem ao certo ter Uma mão ou um coração, Que afague sua ferida.                                            Rerismar Lucena

Olhos de Medusa

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‘Uiraúna – PB, em 28 de outubro de 1988, às 19h20. Poema de: Rerismar Lucena de Morais’               Os olhos eram impérios Impiedosos sucumbiam diante do sacro. Olhos do sacripanta, majestosos Idolatrados ídolos acro. Aqueles olhos mefistofélicos A deusa Minerva os amaldiçoou. Os olhos das Górgones, diabólicos, A mitologia a doou. Naqueles olhos de saduceus, Mulçumanos, gregos, fariseus Desvairados sucumbem a teu olhar. Desvencilhados encantos teus Imobilidade do imo meu Aos olhos que hão de me petrificar.                             (Rerismar Lucena, 28 out. 1988.)

Vida de gato

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    ‘Escrito na cidade de são Paulo – SP, em 25 de novembro de 1993, às 14hs28’. Poema de: Rerismar Lucena de Morais   Cai à tarde em chuva Molhando um mundo tão quente Sobe um fervor, austero No cemitério.   As águas correm nos rios Os córregos esbanjam o mar... Trovejo, relâmpago... É fria A água que o corpo arrepia.   Descem, penetram profundamente Inundam, molhando o que há. Em meio à terra sardenta havia: Corpo de gente e de jia.   Que pula o gato e anuncia A chuva. O rato. O cortejo. Que descem como chuva, em despejo, Mais corpos para o cemitério zelar.                                                           Rerismar Lucena

O Espírito Cíclico Da Vida

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S.B. do Campo – SP. Domingo, 25 de maio de 2020 às: 14hs55. Poema de: Rerismar Lucena de Morais               É fria a brisa que sobra Quando o corpo indefeso está ao relento. Olhar fixo no horizonte A contemplar, os princípios da vida. [O nascer e pôr do sol]. Alma em aurora rosicler Corpo sob o relustro do criador. [Espírito em Ascensão]. Mas, é o tempo que consome A juventude de teu corpo. [nascer, viver, morrer]. -------------------------------------------------- As flores sempre renascem na primavera!                                    (Rerismar Lucena, 25 de mai. 2020.)