Vida de gato
‘Escrito na cidade de são Paulo – SP, em 25 de novembro de 1993, às 14hs28’.
Poema de: Rerismar Lucena de Morais
Cai
à tarde em chuva
Molhando
um mundo tão quente
Sobe
um fervor, austero
No
cemitério.
As
águas correm nos rios
Os
córregos esbanjam o mar...
Trovejo,
relâmpago... É fria
A
água que o corpo arrepia.
Descem,
penetram profundamente
Inundam,
molhando o que há.
Em
meio à terra sardenta havia:
Corpo
de gente e de jia.
Que
pula o gato e anuncia
A
chuva. O rato. O cortejo.
Que
descem como chuva, em despejo,
Mais
corpos para o cemitério zelar.
Rerismar Lucena
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