Alterando o caminho

 [Uma reflexão sobre a morte] 
São Bernardo do Campo. 10 de maio de 2020
Poema de: Rerismar Lucena de Morais
 
Onde todos terão que se achar, na ocasião do término de cada experiência. De alma racional que usa o corpo, – um cadáver, como instrumento. A sujeição que na juventude, impõe às energias mais nobres, ao alento deslumbre da matéria, a desviar-nos do cerne caminho - a essência divina.
 
Usufruto de um corpo em transformação, inconcluso. Na objetivação, – arte que retifica a vida, o propósito: desejos, atitudes e pensamentos. Alimentos de um corpo difuso onde a força transformadora da vida, altera o caminho do espírito.
 
De um Peregrino espiritual, em passagem pela existência na carne a buscar o arquétipo do criador, com toda resiliência da criatura. E que verdades, são sempre meias verdades pois, os opostos são idênticos em sua natureza, mas diferentes em graus e polos. A essência que cria, também destrói e regenera tudo ao mesmo tempo, o tempo todo. Nada é estático, tudo está em constante transmutação na natureza.
 
Seu estado espiritual, por consequente transformação pela existência, ascende ao nível espiritual do qual descendeu, ao desencarne retornando ao estado inicial, quando era parte do criador. Nesse processo de acrisolamento (purificação) espiritual, o corpo torna-se filtro de substância incorpórea nos dada pelo criador.
Pois é a alma que move o corpo; e o espírito, a bússola enérgica e gnômica que norteia a alma. A morte, à restitui ao seu criador (Deus). Mas, “Tudo tem seu tempo e há tempo para tudo” (Eclesiastes 3:1-8).
 
                       (Rerismar Lucena, 10 de maio de 2020)

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